Diversos teóricos afirmam que Portugal não fez a revolução industrial (vide «A indústria portuguesa e os seus dirigentes. Crescimento na segunda metade do século XX e potencial de inovação das funções capitalista, empresarial e de gestão» de Manuel Lisboa, ISBN 972-8036-47-7). Então se Portugal não fez a revolução industrial, Angola não a fez com a certeza absoluta. A força da máquina é sem dúvida muito pujante para a transformação da matéria-prima. Mas não resolve todos os nossos problemas. E as indústrias que hoje lucram rápido não são baseadas na força da máquina. Actualmente estamos na era da micro e da nano tecnologia. E temos as indústrias de informação e de conhecimento. O know-how também é matéria-prima.
O autor russo Isaac Asimov, na ficção científica, previa o robot, no seu livro “I Robot”. E Neil Ronald Jones já havia publicado “The Jameson Satellite”. Nos anos idos anos ‘50/’60 do século vinte, havia movimentos - em várias esferas - que afirmavam que as máquinas resolveriam todos os problemas da humanidade. Só que, o que estes não previam é que é de todo impossível resolver tudo com as máquinas. Porque pensamos com o cérebro. E porque o cérebro não é uma máquina. Atrás de uma grande máquina, está um homem. É certo que a máquina resolve muitos dos problemas. A máquina de lavar loiça, por exemplo, facilita a lavagem. O aspirador também facilita nas tarefas domésticas. Até porque os aspiradores dos nossos dias aspiram sozinhos com recurso a sensores. E dentro de poucos anos teremos generalizadas as casas inteligentes (domótica). Mas estas não resolvem todos os nossos problemas quotidianos nomeadamente com a higiene e a limpeza do lar.
Num texto sobre negócios, não é de todo descabido falar sobre a casa. Porque a economia começa na economia do lar. Ainda que tenhamos de considerar necessariamente que a economia capitalista rompe totalmente com a confusão da economia do lar e a dos negócios, quem não poupar em casa, não poupa no empreendimento. E não tem espírito de empreendedor.
Em relação à máquina, tal como ela não resolve todos os problemas em casa, também não os resolve na indústria.
As nossas indústrias transformadoras têm linhas de produção desenhadas. Que são geridas. E não são as máquinas que as desenham. Nem são estas que as gerem. A máquina é apenas uma ferramenta. O homem controla tudo. Hoje reconhecemos a importâncias das emoções. Sabemos que as decisões, por mais alicerçadas que estejam na análise científica do risco, ficam no derradeiro momento entregues à inteligência emocional. Ora, as máquinas não têm emoções.
As nossas indústrias transformadoras têm linhas de produção desenhadas. Que são geridas. E não são as máquinas que as desenham. Nem são estas que as gerem. A máquina é apenas uma ferramenta. O homem controla tudo. Hoje reconhecemos a importâncias das emoções. Sabemos que as decisões, por mais alicerçadas que estejam na análise científica do risco, ficam no derradeiro momento entregues à inteligência emocional. Ora, as máquinas não têm emoções.
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