Sobre a estratégia para acabar com a Segurança Social em Portugal

Desloquei-me a um serviço da Segurança Social. A dificuldade e a obstaculização inerentes à obtenção de uma certidão tornam quase inviáveis e infrutíferos os hercúleos esforços que um cidadão - decoroso recebedor do subsídio de desemprego - faz para procurar um emprego.

Tal situação, além de aproximar os que se encontram na miséria ainda mais da base da pirâmide social, configura algo contrário à modernização do sistema administrativo e burocrático do Estado. Ao invés da promoção e desenvolvimento que decretaste, estás a desenvolver estratégias para acabar com este Instituto.

A tua estratégia engloba:
  • atendimento presencial só por marcação (chamada telefónica de valor acrescentado). Mas no que toca a tesouraria (para efectuar pagamentos) não é preciso marcação.
  • tempos de espera incomportáveis. Observei mais de 30 casos em que a demanda foi superior a 6 horas, porque também eu estive mais tempo.
  • cheiro fétido e a ausência de condições de salubridade nos balcões e salas de espera.
  • faltas de educação e tréplica pelo desrespeito mútuo. Os gritos por parte de utentes e funcionários ouvem-se nos corredores.

É de lamentar a podridão administrativa. Assim não vais longe. Vais continuar pequenino e mesquinho. Mas tens as Costas quentes e largas.

Venho alertar-te para possíveis revoltas que te farão perder a legítimidade governativa e a cobrança de impostos.

Lembra-te que até o «António morreu, a Oliveira secou, o Sal derreteu e o Azar acabou».

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